MOVIMENTOS SOCIAIS.

MOVIMENTOS SOCIAIS: PROBLEMAS SEMELHANTES COMPORTAMENTOS DIFERENTES.
Wilson José Soares
Professos formador em Geografia no CEFAPRO
Rondonópolis
E-mail: wj.soares@ig.com.br

O mundo moderno tem produzido transformações jamais pensadas pelos nossos antepassados à facilidade de formação e de informação evoluiu de forma fantástica, mas algumas práticas sociais e de consciências política para tomar decisões sensatas ainda necessitam de muitas reflexões.
Nos últimos tempos, estamos assistindo no noticiário uma série de crimes hediondos contra crianças da classe média brasileira que tem provocado indignação em toda a sociedade. Estes fatos têm ocupado um grande espaço em todas as modalidades da mídia nacional, quero aqui recordar o caso do menino João Hélio, arrastado preso ao cinto de segurança do carro da mãe até a morte pelas ruas do Rio de Janeiro, por último estamos acompanhando o caso Isabela que segundo as perícias esganada e atirada pela janela do apartamento em do pai no quarto andar de um edifício.
Neste contexto gostaria de fazer as seguintes reflexões: primeiro a reação da população ignorando o poder judiciário e querendo fazer justiça com as próprias mãos, isso me remete ao período quaresmal quando se celebra a Paixão de Cristo, com o julgamento popular e a condenação para ser crucificado, não seria o mesmo que estamos querendo fazer com os acusados dos crimes mesmo sem a certeza de que de fato são os responsáveis por tal crueldade?
Não que estou fazendo nenhuma comparação dos suspeitos com Cristo, muito pelo contrário, mas pelas atitudes da população após toda evolução social, cultural e intelectual nestes últimos 1975 anos que se passaram da crucificação de Jesus, parece me que continuamos comportando como se vivêssemos no ano 33 da era cristã ocupando as ruas e praça para gritar gritar crucifica-o! Crucifica-o! O segundo não se difere do primeiro, mas gostaria de chamar atenção pela passividade da sociedade com a morte silenciosa das crianças que passam fome em algumas aldeias indígenas, que por falta de assistência médica nos hospitais públicos morrem no colo das mães ou abandonadas nas ruas das grandes cidades.
Outros tantos com uma educação pública de má qualidade passam os dias sozinhos em casa devidos os pais terem que sair de manhã e só voltar à noite, trabalhando para garantir apenas a alimentação básica, estas crianças não tem muitas perspectivas para o futuro acabam se enveredando com mundo do crime. Neste sentido, pensamos que precisamos fazer uma reflexão sobre a organização social que estamos vivendo, a influencia que os meios de comunicação têm em nossas vidas e o que de fato temos construído como consciência política, social e religiosa em nossa construção intelectual. Temos sim, que nos indignar com esses crimes bárbaros, mas precisamos olhar também em outras direções como o fortalecimento da escola pública e de qualidade, bem como na vida política de nossa cidade para acompanhamento das aplicações dos recursos em benefício da coletividade e não do interesse de grupos.

Comentários

Unknown disse…
De fato, professor os interesses não devem ser grupos, porém para os grupos, para o coletivo. Ainda em reflexões podemos verificar que crimes barbaros são cometidos por pessoas que tbém tem acesso a escolaridade. Aí cabe algumas reflexões escolaridade essa feita para quem? por que?
Bastante pertinente vossa reflexão, em alguns momentos cabe a reflexão para nossa prática. Qual é o nosso compromisso?
Quando fazemos e para quem fazemos?
Lendo seu artigo aproveito muito vossa colaboração.
A educação agradecer por ter profissinais comprometidos como v.sª.
Luciane Aporta
Diretora
CEFAPRO
Rondonópolis/MT

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